Amigos de Cabo Verde na diaspora

Os meus amigos na diáspora contam:

 

 

 

Olá  

Todos os meus amigos

 

 

Acabamos de chegar de Cabo Verde onde passamos bons momentos na companhia de amigos. Os atrasos da TACV acabaram por produzir várias irritações e muitos contactos úteis. Um pequeno grupo de emigrantes teve uma reunião com a chefe da TACV na ilha do Sal onde expôs os seus problemas e preocupações que o atraso da transportadora aérea causa aos emigrantes. Alguns minutos depois da reunião fomos transportados da ilha do Sal para São Nicolau depois de três dias de desnecessária estadia na Ilha. O nosso consolo/desconsolo foi que a TACV vai dentro em breve ser história apesar dos pesares, isto é, apesar de termos o desejo e orgulho de ver uma companhia nacional a funcionar na nossa terra.

A nossa programação inicial foi completamente alterada o que também causou bastante irritação. Mas passamos alguns momentos de lazer que compensaram os atrasos e fizeram com que tenhamos esquecido dos contratempos que a TACV causa aquela ilha abandonada e maltratada com a sua política de abandono.

Ao nosso Toi Pedro , Gaby e seus amigos um agradecimento eterno pela amizade e pelos momentos inesquecíveis. São todos formidáveis e temos já muitas saudades.

Um outro acontecimento que nos causou muito alegria foi o encontro inesperado com Cameron Barros no avião a caminho de São Nicolau. Foi um prazer encontra-lo pelo caminho e por aqueles pequenos momentos inolvidáveis. Foi também um prazer ver o nosso padre Fidalgo a sair do avião no aeroporto de Preguiça e dar-lhe aquele abraço amigo.

Desfrutamos alguns momentos de conversa sobre diferentes temas que nos preocupam mutuamente. Um dos problemas bastante preocupante é a manutenção da Igreja de São Lourenço na Ilha do Fogo. Dentre muitas preocupações se encontra o facto de as pessoas que assistem a missa terem que usar guarda-chuvas dentro da Igreja quando chove.

Sobre isto tenho reflectido muito e pensei em sugerir o seguinte:

 

Um apelo dos Amigos de Cabo Verde - Noruega

A Igreja de São Lourenço, na Ilha do Fogo, precisa de manutenção. No tempo de às-águas, durante as missas, os fiéis são obrigados a usar o guarda-chuva porque chove dentro da igreja. Uma situação penosa que nos toca ao fundo.

A toda a diáspora cabo-verdiana e não só, gostaríamos, portanto, de lançar um apelo à consciência de cada um a fim de contribuir para que do tecto da Igreja de São Lourenço, não mais cai água.

É uma campanha de solidariedade dirigida a todo o mundo cabo-verdiano, extensivo aos artistas e empresários, a participar nesta causa nobre, na manutenção da Igreja de São Lourenço, que vai ser útil a toda a população do Fogo e não só.

Assim pensando, sugerimos que: se pelo menos todos os foguenses na emigração, e não só, contribuíssem com 2-10 dólares cada, seriam capazes de substituir o telhado da igreja em poucos dias. Ou doutra maneira: se cada emigrante contribuísse para a compra de uma telha, trocaríamos o telhado daquela igreja.

Sua participação não terá necessariamente um custo enorme! 

Você encontra todos os detalhes para sua participação nos links abaixo.

Venha por isso participar enviando a sua contribuição para;


1) Conta da Igreja de São Patrick – Boston marcando a dádiva com TECTO SÃO LOURENÇO.

 

2) Número da conta bancaria: 15035799661 c/o Amigos de Cabo Verde – Noruega: https://amigosdecaboverde-no.comunidades.net

O registo da nossa organização é: 914 767 563 


 3) Ou enviando sugestões para COBRIR/MELHORAR a Igreja de São Lourenço.

Veja também https://ecodasilhas.comunidades.net/projectos

Equipa de Manutenção da Igreja de São Lourenço – na Ilha do Fogo

Forte abraço

Domingos Barbosa da Silva, António.....

 

 

Para Jose e Antonio:

Campanha /proposta vinda da Noruega para substituir / reparar o tecto da Igreja de São Lourenço no Fogo. (orçamento será enviado oportunamente).

 

 

São Lourenço do Fogo

 

A Igreja chora quando chove

Os fiéis levam guarda-chuvas

Do tecto pinga a água.

 

Quando a chuva bate no telhado

Todos levantam o guarda-chuva

Para não se molhar.

 

Clamam ao Céu num murmúrio

Imaginam um tecto

De que não mais pinga.

 

Semeiam na fé a esperança

E esperam dos Amigos

Que o milagre aconteça.

 

Rogam aos céus

Que essa chuva venha sempre

E caia nos beirais do telhado.

 

Que o sol se apaga de mansinho

E caia mais chuva branda

Excepto dentro da Igreja.

 

Este sonho louco dos fiéis

Emerge agora na diáspora amiga

Implorando com sua ocarina.

 

Pintam estes sonhos nas paredes

Atrás do altar, um presente

Todo, ao alcance das mãos.

 

No fim, ficam sorrindo os fiéis

Batendo palmas de contentes

Que já não pinga dentro da igreja.

“Deus dá a todos uma estrela.
Uns fazem da estrela um sol.
Outros nem conseguem vê-la.”

 

 

 

Correio electrónico: domingosdidi@gmail.com